O senso comum é uma das formas mais primitivas e naturais de entender o mundo e as relações sociais. Trata-se de um conhecimento que é adquirido a partir da vivência cotidiana, da observação empírica, das experiências pessoais e das representações socioculturais que circulam em uma determinada sociedade. No entanto, o senso comum nem sempre é uma forma segura e precisa de compreender a realidade que nos cerca. Por ser baseado em informações fragmentárias e subjetivas, o senso comum é passível de incoerências, preconceitos, estereótipos e interpretações equivocadas. O senso comum também é influenciado pelos diferentes interesses e poderes que operam na sociedade, o que pode gerar distorções significativas na compreensão de aspectos complexos ou controversos. Em contraponto ao senso comum, surgiram ao longo da história outras formas de conhecimento mais elaboradas e sistemáticas, como a ciência, a filosofia e a teologia. Essas formas de conhecimento buscam superar as limitações do senso comum através do uso de métodos rigorosos de investigação, do crivo da razão e do confronto com outras perspectivas. Assim, apesar de ser um recurso valioso para o cotidiano, é importante reconhecer as limitações do senso comum e complementá-lo com outras formas de conhecimento. Isso ajuda a evitar erros de julgamento, preconceitos e simplificações que podem ter consequências negativas para a nossa vida em sociedade.